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O Renovamento Carismático nos Açores

O Renovamento Carismático chegou a Ponta Delgada – Açores em 1977 pela mão do Padre Agostinho Tavares, professor do Seminário Menor do Senhor Santo Cristo e que costumava passar as férias de verão com a família nos Estados Unidos da América e num contato muito próximo com as Comunidades da Diáspora Açoriana.

Em 1976 teve o primeiro contato com os Grupos de Oração do Renovamento Carismático Católico. O dinamismo, a espontaneidade e, sobretudo, a liberdade do louvor e da evangelização, juntamente com uma confiança profunda na presença e cuidado de Deus tocaram-no profundamente ao mesmo tempo que deixavam grandes interrogações.

Desde logo teve a perceção de que algo novo estava a acontecer no coração da Igreja e que o segredo se encontrava na Palavra e na Oração no Espírito Santo.

Decidido a aprofundar este “fenómeno” cuja dimensão não atingia na totalidade, formou um pequeno grupo que incluía duas religiosas, dois casais e dois jovens e começaram a rezar juntos, pedindo o Espírito Santo e aprofundando a Sagrada Escritura que começou a tornar-se viva, atual e atuante nas suas vidas.

Em 1977 o Padre Agostinho participou, nos Estados Unidos, num Retiro para Jovens orientado por Patty Mansfield, tendo depois feito o Seminário de Vida Nova e recebido a Efusão do Espírito Santo. No seu testemunho dizia-nos que fora como abrir as comportas e a água jorrar abundantemente lavando e inundando todos os campos da sua vida: pessoal, social e evangelizadora.

Sendo um homem reconhecidamente carismático em toda a aceção da palavra, tinha grande facilidade em chegar ao coração das pessoas, atraindo e galvanizando para a mensagem que transmitia, deu o seguinte testemunho: “Pela primeira vez senti a grandeza do meu nada e a pequenez das minhas capacidades… Deus tinha uma obra para realizar que era muito maior do que eu e que eu não podia controlar. Rendi-me ao Espírito Santo e entreguei-Lhe o comando da minha vida”.

Sentiu uma grande necessidade de conhecer e aprofundar o Renovamento Carismático pelo que lia muito, contatou o Padre Lapa, participava nas Assembleias, fazia formação para Responsáveis promovida pela “Comunidade Caminho Novo”, foi a Paray-le-Monial a dois encontros de responsáveis, numa preocupação de deixar-se guiar, evitar o iluminismo e, sobretudo, como que “rebatizar no Espírito de Verdade” a religiosidade popular tão característica do povo açoriano.

Entretanto o pequenino grupo abriu-se e cresceu transformando-se numa Assembleia de várias centenas de pessoas que louvam o Senhor  e testemunham com liberdade a mudança que o Ele opera nas sua vidas. Foram surgindo outros Grupos de Oração particularmente em São Miguel, Faial e Terceira em que o Senhor toca as vidas das pessoas dando-lhes uma nova dimensão do Amor de Deus e uma nova consciência do ser Igreja animada pelo Espírito Santo.